Vacaria RS

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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Inclusão Digital da Periferia

Discurso de 22 de novembro de 2006, na Câmara Federal
OS DESAFIOS DAINCLUSÃO DIGITALNAPERIFERIA
O computador não fará o aluno mais inteligente, mas com a ferramenta
auxiliar, ganhará tempo no aprendizado. Autor do mais avançado
projeto de Inclusão Digital em Escolas Públicas Municipais,
Bibliotecas e Casas de Cultura do estado do Rio Grande do Sul, nos
empenhamos em assegurar mais de 1 milhão e 400 mil reais para a
compra e instalação de aproximadamente 600 computadores em 39
municípios,beneficiando comunidades carentes.
Conheça os municípios onde os laboratórios de informática
estão em pleno funcionamento noANEXO I.
Garantimos os recursos com Emendas Parlamentares de nossa
iniciativa, junto ao OGU de 2005 e 2006. A destinação dos laboratórios
é definida pela Secretaria Municipal da Educação de cada município.
Alguns prefeitos e secretários (as) de educação hesitaram diante da
proposta, mas hoje compreendem a sua importância e apelam por mais
computadores. Outros, desconhecendo a prioridade do Programa,
instalaram em locais inadequados, fora das escolas. As correções estão
sendo feitas, e no devido tempo será consolidado.
Finalizada esta etapa, novos recursos precisam ser assegurados para
ampliar, modernizar e acelerar o processo de combate ao
ANALFABETISMO DIGITAL, que inclui alunos, pais e mestres.
Na maioria das escolas foram instalados laboratórios equipados com 10
a 15 computadores, impressoras, escanners e outros acessórios. Os
municípios deram a contrapartida para aquisição dos móveis e
treinamento de monitores.
Durante quatro anos, defendemos a Inclusão Digital, propomos debates,
novos recursos no Orçamento da União, redução de custos,
equipamentos populares e normas para evitar o mau uso da Internet.
Desde 2003, da Tribuna da Câmara, priorizamos a Inclusão Digital nas
Escolas de Ensino Fundamental. Iniciamos esse debate através de
concursos literários. No primeiros deles o alvo foram os professores
municipais e, no segundo, os estudantes.
Em nosso Escritório Parlamentar de Vacaria, inovamos com uma Sala
Virtual, gratuita, disponibilizada por um parlamentar, por um agente
público. Uma ilha com vários terminais, interligados à Internet, para
usuários de baixa renda e estudantes que não dispõem de computadores.
Em sintonia com a necessidade de criar oportunidades no difícil
mercado de trabalho para os jovens de baixa renda, lançamos, em 2005,
o Projeto Esperança em 2005, destinado a estimular a Inclusão nas
periferias, através dos alunos do Ensino Fundamental. Com a finalidade
de dar treinamento básico, o Projeto Esperança iniciou com 90 alunos.
Foram indicados os 10 melhores de cada uma das nove escolas, oriundos
da sétima e oitava série, na faixa de 14 a 18 anos. A seleção dos
candidatos foi promovida pela direção de cada escola.
Treinados em informática, pintura e eletricidade, os 90 monitores
compartilharam o conhecimento com os outros alunos de suas
escolas. Mais de mil estudantes receberam noções básicas e
treinamento. Esta etapa foi importante e preparatória à instalação
de laboratórios em todas as escolas municipais, graças aos 300
mil reais em Emendas ao OGU, que priorizamos nos anos de
2004, 2005 e 2006, com o apoio dos vereadores Romeu Lovato,
JaneAndreola eAntonio Roque.
O Projeto deu certo, e no final do ano os melhores alunos de cada
uma das escolas municipais foram premiados pela freqüência,
notas, disciplina e dedicação e passaram para a segunda etapa.
Conheça os monitores escolhidos no ANEXO II.
Desenvolvida durante o ano de 2006, esta nova fase ampliou a
Inclusão Digital nas periferias de nove bairros de Vacaria. Esses
estudantes ministram aulas em suas casas, com os computadores
que receberam como prêmio. O programa abrange nove bairros
de Vacaria. As aulas, gratuitas, são destinadas a adolescentes e
adultos de suas comunidades.
Os primeiros colocados desempenham suas funções
remunerados, estimulados por novos treinamentos. Os segundos
e terceiros colocados da primeira etapa foram agraciados com
computadores, bicicletas e viagens de conhecimento. A
premiação, com 9 computadores, 18bicicletas e 8 viagens,
permitiu que 1 em cada 3 participante do projeto, tivesse seu
esforço reconhecido.
Saiba mais no ANEXO III.
Coordenados por Jéferson de Lima, Valéria Moreira e João Antônio
Záchera, com o suporte técnico de Lucas Ferreira e outros
colaboradores, nossa seleção de verdadeiros “craques”, consolidou
os núcleos de Inclusão Digital nos bairros de Vacaria. Também
iniciamos em Lagoa Vermelha a primeira etapa do Projeto nas
Escolas João Protásio da Luz (Bairro Suzana) e Escola Estadual
Delfina Loureiro (Bairro Gaúcho).
O Projeto Esperança avançou e integrou-se a clubes de serviço,
entidades beneficentes, projetos assistenciais e da terceira idade,
sem abandonar seu principal objetivo, o de criar
OPORTUNIDADES ao estudante carente. Garantimos recursos
para APAE, CEDEDICA e Centros de Tradições Gaúchas.
Utilizando arte musical, como instrumento de motivação, o Projeto
Esperança disponibilizou com o cantor Cassiano Paim, uma nova
etapa junto aos estudantes carentes.
Confira no ANEXO IV.
O projeto Esperança, que estimula a Inclusão Digital, tem novos
desafios pois ampliou sua ação junto ao trabalho voluntário da ONG
da Hepatite e Diabetes, bem como dos esportes de rua e do bom uso
das águas, a saúde bucal e do esporte para o combate às drogas. Estes
três novos programas serão desenvolvidos em 2007.
Podemos avaliar com segurança que a idéia inovadora e arrojada, de
2004, consolida-se ao término de dois anos de atividades.
O desafio é ampliar a inclusão digital nas periferias, onde o acesso ao
computador é escasso e até impossível,
pela baixa renda dos pais dos estudantes. Como “eternos
aprendizes”, tomamos as precauções necessárias para o
bom uso da informática.
O computador deve ser um aliado da família, não um inimigo
oculto, capaz de induzir a má conduta, advertimos,
orientando os monitores do Projeto Esperança a
estimularem o uso do computador para o conhecimento, ao
invés do lazer ou entretenimento. Bloqueadores de sites
suspeitos inibem o mau uso da Sala Virtual na Casa Verde,
sede do Projeto Esperança e do Programa de Inclusão
Digital da Região.
A experiência mostra que os obstáculos são enormes, pois
empresas não contratam adolescentes por falta de
experiência, mas principalmente por temor à fiscalização
trabalhista ou o peso dos encargos. O desafio é o
aperfeiçoamento da Legislação Trabalhista, que hoje fecha
as portas do mercado de trabalho para os jovens. Também é
importante uma escola pública que promova o
conhecimento de atividades básicas para agilizar a
profissionalização da mão-de-obra.
Por falta de Oportunidades, o jovem corre o risco de perder-
se em meio às tentações do ócio, más companhias e
inevitavelmente das drogas - nem todos, é claro. Este é o
grande desafio de nosso tempo.
ANEXO 1
André da Rocha
Laboratório na Escola Manoel Fonseca
13 computadores e 1 impressora
64 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Antônio Prado
Laboratório na Escola Aparecida
15 computadores e 2 impressoras
300 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Bento Gonçalves
Laboratório na Escola
Professor Liette Tesser Pozza
10 computadores e 1 impressora
413 alunos beneficiados
Sem acesso à Internet
Bom Jesus
Laboratório na Escola Irmãs Ramos
9 computadores e 1 impressora
665 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Caseiros
Laboratório na Escola
João Rodrigues de Souza
8 computadores e 1 impressora
371 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Esmeralda
Laboratório no Pavilhão da Assistência
Social – Salão de Múltiplo Uso
12 computadores e 2 impressoras
40 alunos beneficiados / Em 2007 será
aberto ao público
Internet em breve
Farroupilha
Laboratório no Centro Ocupacional
Senador Teotônio Vilela
11 computadores e 1 impressora
280 alunos beneficiados / aberto à comunidade
Sem acesso à Internet
Guabijú
Laboratório na Biblioteca Pública
7 computadores, 1 impressora e
1 data show
Aberto à comunidade
Acesso à Internet
Ipê
Laboratório na Biblioteca Mário
Quintana
8 computadores e 1 impressora
Aberto à comunidade
Acesso à Internet
Monte Alegre dos Campos
Laboratório na Escola São Francisco
8 computadores e 1 impressora
230 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Muitos Capões
Laboratório na Escola Gina Guagnini
15 computadores e 1 impressora
30 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Protásio Alves
Laboratório na Escola Caetano Peluso
13 computadores e 1 impressora
147 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Santo Antônio da Patrulha
Laboratório no Centro Digital do
Espaço Cultural Qorpo Santo
10 computadores e 2 impressoras
216 alunos beneficiados / aberto à comunidade
Acesso à Internet
São Francisco de Paula
Laboratório no Centro de Inclusão Digital
12 computadores e 2 impressoras
320 alunos beneficiados / aberto à comunidade
Acesso à Internet
São José dos Ausentes
Laboratório na Biblioteca Pública
8 computadores e 1 impressora
Aberto à comunidade
Acesso à Internet
São Jorge
Laboratório na Biblioteca Pública
16 computadores, 1 impressora
e 1 scanner
Aberto à comunidade
Acesso à Internet
São Marcos
Laboratório na Escola Francisco Doncato
12 computadores e 1 impressora
450 alunos beneficiados
Acesso à Internet
Tupanci do Sul
Laboratório na Prefeitura Municipal
9 computadores e 2 impressoras
Aberto à comunidade
Acesso à Internet
Vacaria
(recurso do Ministério da Cultura)
Laboratório na Escola
Dom Henrique Gelain
15 computares e 1 impressora
498 alunos beneficiados
Vacaria (recurso do Ministério da Cultura)
Laboratório na Escola Cecy Sá Brito
15 computares e 1 impressora
396 alunos beneficiados
Vacaria (recurso do Ministério da Cultura)
Laboratório na Escola Nabor Moura de Azevedo
15 computares e 1 impressora
890 alunos beneficiados
Em breve, novos laboratórios de informática serão instalados nas
seguintes cidades:
Antônio Prado
Barracão
Bento GonçalvesCampestre da Serra
Capão Bonito do Sul
Caxias do Sul (três laboratórios)
Charrua
Gramado
Ibiaçá
Ibiraiaras
Lagoa Vermelha (dois laboratórios)
Nova Bassano
Nova Pádua
Nova Roma do Sul (dois laboratórios)
Sananduva
Santo Expedito do Sul
São João da urtiga
São José do Ouro
São Marcos
Tapejara
Vacaria (a meta é informatizar todas as escolas públicas municipais da
cidade; dois laboratórios já estão instalados; em breve as demais 6
instituições receberão computadores)
* A maioria dos projetos encontram-se em fase de licitação ou aguardam
liberação dos recursos através do Ministério da Ciência e Tecnologia.
ANEXO II
Monitores do Projeto Esperança em Vacaria. Nas suas casas, em 2006,
ministraram aulas gratuitas de informática, em nove bairros da
cidade:
* Cristiano Ribeiro
Endereço: Rua Mato Grosso do Sul, 284 - Barcelos
Vencedor da Escola Juventina Morena de Oliveira
(também dá aulas para a Melhor Idade no Clube Reviver)
* Michele Isabel C. Hoffmann
Endereço: Rua Messias Boeira,
N. 285 - Petrópolis
Vencedora da Escola
Pedro Álvares Cabral
* Carine da Silva Pereira
Endereço: Rua Felipe Camarão
no 179 - Bairro Imperial
Vencedora da Escola
Nabor Moura deAzevedo
* Pedro Subtil de Godoy Jr
Endereço: Rua Carlos Záquera 2542
Fundos - Petrópolis
Vencedor da Escola
Dom Henrique Gelain
* Marcus Vínicius
Endereço: Rua José de Moraes Borges 596 – Bairro Mauá – KM 4.
Segundo colocado da Escola General Osório
*Quelen dos Santos Silva
Rua Manoel Borges Vieira , 300
Bairro Borges
Vencedora da Escola
Coronel Avelino Paim
* Rafael Hoffmann
Rua Dos Marmeleiros, 595
KM 04 – Vila Mauá.
Vencedor da Escola
General Osório
* Deiner Ferreira
Rua Nilo Peçanha, 1429 – Petrópolis
Vencedor da Escola Pedro Álvares Cabral
* Suelen Daros Borges
Rua Edson, 80 – Monte Claro
Vencedora da Escola Soly Gonzaga dos Santos
* Luana de Oliveira Teixeira - Rua Vicente Soldatelli 219 - Mauá
Vencedora da Escola Cecy Sá Brito
(Luana, da Escola Cecy Sá Brito, do Km 5, mudou-se para Caxias
e Suelen, do Monte Claro, mudou-se para Curitiba)
ANEXO III
Outros Estudantes premiados pelo Projeto Esperança:
Roger de Vargas Boeira e Ricardo Borges Kuze (Escola Duque de Caxias),
Cassiano Silveira Nogueira e Vinicius Miranda dos Santos (Escola Dom
Henrique Gelain), Joelmir dos Santos Braz e Dionatas Santos Mendes
(Escola Pedro Álvares Cabral), Anderson Padilha dos Santos e Daiane
Garcia Borges (Escola Coronel Avelino Paim), Joice Chiavagatti
Fernandes e Marcus Vinicius (Escola General Osório), Marília do
Nascimento e Felipe de Jesus Jordão (Escola Cecy Sá Brito), Jucimara
Amis e Donizete da Rosa Mathyas (Escola Juventina Morena de Oliveira),
Priscila Santos Nepomusceno e Cari Eduarda de Freitas (Escola Soli
Gonzaga dos Santos) e Carina Porkat da Silva e Everaldo Mayer da
Fonseca (Escola Nabor Moura deAzevedo).
Premiados com estágio em Brasília: Taise Olegini (Escola Nabor Moura
de Azevedo), Oélida de Souza (Escola General Osório) e Jane Maciel
Hoffmann (Escola Duque de Caxias).
Depoimento de Lucas Ferreira, um dos coordenadores da Inclusão
Digital e do Projeto Esperança:
“O Projeto Esperança iniciou com uma idéia: levar a informática a todos
os bairros de Vacaria. A história começou mais ou menos assim: as
primeiras turmas deslocavam-se até a Casa Verde, onde temos uma Sala
Virtual instalada. O primeiro problema surgiu: algumas escolas eram bem
distantes, dificultando muito o acesso. A nossa saída foi a que, se os alunos
não vão até os computadores, os computadores vão até os alunos. Então,
levamos nosso laboratório até as escolas municipais mais distantes e desde
então não paramos mais. São nove escolas atingidas pelo Projeto
Esperança, cada uma com uma história diferente de alunos dedicados e
com muita vontade de conhecer o mundo dainformática. A inclusão digital
é uma realidade, precisamos urgentemente inserir nossos jovens nessa
nova era para podermos colher melhores frutos em um futuro muito
próximo. Por isso, vamos fazer a nossa parte!”
Depoimento de Jéferson de Lima
“Os moradores dos bairros de nossa cidade não imaginavam que seria
fácil aprender a digitar e utilizar o computador, isso veio a acontecer
depois que o projeto esperança foi até as nove escolas municipais
levando computadores e cursos sem custo algum para a escola,
proporcionando desta forma todo o conhecimento necessário e
aproximando as pessoas desta nova realidade. Os melhores alunos de
cada escola ainda ganharam um computador que atualmente utilizam em
suas residências para multiplicar o aprendizado que tiveram
gratuitamente para a comunidade de seus bairros.”
ANEXO IV
O artista Cassiano Paim desenvolve o Projeto Esperança II, que tem como
finalidade levar arte em forma de música à cerca de 300 estudantes da rede
de ensino público de Vacaria. As aulas acontecem em nove escolas da
cidade (General Osório, Coronel Avelino Paim, Soli Gonzaga dos Santos,
Pedro Alvares Cabral, Duque de Caxias, Nabor Azevedo, Cecy Sá Brito,
Juventina Morena de Oliveira e Dom Henrique Gelain). São ministradas
nas terças, quartas e quintas, das 13h30 às 17h. Como diz o próprio
instrutor, Cassiano Paim, o projeto Esperança impulsiona as atividades
escolares dos alunos e os ajuda a descobrir seus talentos:
“Ocupamos o tempo vago dos estudantes com atividades lúdicas.
Estudamos música e arte, a fim de que eles tenham a possibilidade de
conhecer novas alternativas sonoras, o que também, indiretamente,
contribui para que o interesse na sala de aula aumente.”
Fonte: Deputado Francisco Appio

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